Pinguécula ou Pterígio – O que são, causas e tratamentos

Nesse post, você vai conhecer mais sobre a pinguécula ou pterígio, duas condições bastante semelhantes e podem ser confundidas pelo público. Mas que exigem o máximo de atenção.

Afinal, são lesões que podem causar uma série de sintomas, desconfortos, com causas já definidas e tratamentos. Confira!

Pinguécula ou Pterígio – Entenda os conceitos

Primeiramente, você deve conhecer melhor cada uma dessas condições, entender as diferenças e mais.

Pinguécula

Em primeiro lugar, a pinguécula é uma lesão de tom amarelado e levemente elevada, formada no tecido branco dos olhos e sempre bem próximo à córnea.

Geralmente, esse tipo de lesão ocorre na área da abertura da pálpebra, também mais exposta aos raios do sol.

É válido destacar que a pinguécula é mais comum em idosos ou pessoas que sofreram grandes exposições ao sol, como trabalhadores ao ar livre.

Entretanto, isso não isenta o aparecimento da lesão em crianças e jovens.

Inicialmente, essa condição não apresenta quase nenhum sintoma.

Porém, com o crescimento desse tecido, você pode sentir algum desconforto ou a sensação de ter alguma coisa nos olhos.

Além disso, um dos desafios é quando esse tecido inflama, deixando toda a área avermelhada e irritada.

Esse quadro inflamatório é chamado de pingueculite e pode ocorrer quando os olhos ficam mais secos, em exposição a poeira, ao nadar, decorrente de ventos e mais.

Outros sintomas que podem aparecer são:

  • Irritação frequente nos olhos;
  • Sensação de algo nos olhos;
  • Vermelhidão;
  • Edemas e inchaço;
  • Secura, entre outros.

Causas

Já em relação às causas, a pinguécula está diretamente ligada a exposição solar.

Sendo assim, é mais comum em pessoas que se expõem ao sol em excesso ou por longos períodos.

Entretanto, outros efeitos naturais podem contribuir com a lesão, como os ventos, poeira, cloro de piscinas e também o uso de tabaco/fumo.

Pterígio

O pterígio é uma lesão no tecido conjuntivo do olho, aquela área transparente, popularmente chamada de carne no olho.

Em suma, essa lesão se estende do tecido conjuntivo em direção a pupila, de forma bastante lenta e que pode ou não parar de crescer.

Justamente por isso, muitos pacientes passam anos com essa lesão, sem ela representar um real problema para a rotina.

Por outro lado, existem casos avançados de pterígio, onde o crescimento é acelerado e pode cobrir a pupila inteira, interferindo na visão daquele olho.

Diferentemente da pinguécula, o pterígio quase sempre requer intervenção, já que o crescimento pode contribuir com o surgimento de outras doenças visuais.

Como o astigmatismo.

Desse modo, os sintomas podem variar bastante, conforme o crescimento, condições ou evolução, mas os mais comuns incluem:

  • Visão turva;
  • Vermelhidão nos olhos;
  • Inflamações constantes;
  • Lacrimejo;
  • Ardência;
  • Fotofobia e outros.

Causas

Já em relação às causas do pterígio, estas são parecidas com a da pinguécula, como:

  • Exposição solar;
  • Ventos;
  • Olhos muito secos;
  • Poluição e poeira, entre outros.

O pterígio também é mais comum em pessoas mais velhas, de até 40 anos e em homens. Mas podem surgir em qualquer idade.

Prevenção do Pinguécula ou Pterígio

A prevenção das condições visuais se dá, principalmente, com o cuidado diário, evitando a exposição excessiva.

Sendo assim, o ideal é sempre usar óculos de sol, protetor ao redor dos olhos e ainda evitar expor ao cloro, vento em excesso, aumentar o número de “piscos” e assim por diante.

Na prática, é essencial ficar atento aos sinais dos tecidos e da saúde visual, principalmente em casos de cansaço na visão.

Assim, o quanto antes identificar a condição e procurar o tratamento adequado, mais simples será a sua rotina.

O pterígio pode gerar algumas complicações graves, como astigmatismo severo.

Já o pinguéculo pode resultar em pterígio, sendo a mais frequente.

Tratamento

Por fim, o tratamento do pinguéculo quase sempre é usual, ou seja, por colírios com ação anti inflamatória, demorando alguns dias a partir do grau.

Entretanto, se acabar complicando, pode ser necessário seguir para outros métodos.

Sendo assim, a cirurgia, por exemplo, só é recomendada quando a lesão compromete a visão, torna-se desconfortável ou tem sua cor/tamanho alterado.

Da mesma maneira, o pterígio pode envolver o tratamento cirúrgico ou o uso de colírios, dependendo da extensão da lesão.

O seu médico também pode indicar o uso de adesivos biológicos. Esses adesivos evitam que a lesão volte.

Se você tiver que fazer a cirurgia, saiba que o procedimento é considerado rápido e simples, com uso de anestesia local.

O pós-operatório tem recuperação rápida e você pode voltar as atividades habituais no mesmo dia.

Quer saber mais sobre outras condições visuais? Confira os guias preparados para tirar todas as suas dúvidas:

Os tratamentos podem demorar alguns dias, variando de acordo com cada condição e cada paciente. Ou seja, mesmo usando os colírios adequados, a exposição a poluição e sol, por exemplo, podem atrasar na resolução do problema.

No caso do pterígio, a lesão não some sozinha, apenas com cirurgia.

Também existem pesquisas que mostram a predisposição genética para essas condições.

Pinguécula ou pterígio podem causar cegueira?

Às duas lesões possuem graus de classificação, conforme o crescimento da lesão ou tecido.

No geral, não representa um risco ou um problema significativo, ou mesmo alteração na visão.

Entretanto, com o crescimento do tecido/lesão, é possível que comprometa o ato de enxergar.

Assim, o ideal é procurar um profissional qualificado logo que notar os primeiros sintomas, do crescimento do tecido, para iniciar o melhor tratamento.

Dessa maneira, você evita que a lesão se estenda, pode evitar o procedimento cirúrgico e ainda manter seus olhos saudáveis.

Diferenças entre pinguécula ou pterígio

Enfim, vale destacar que às duas lesões são caracterizadas como tumores causados pela exposição excessiva ao sol ou outros elementos agressivos.

Assim, enquanto a pinguécula raramente requer cirurgia, enquanto pterígio, na maior parte das vezes, envolve a remoção do tecido lesionado.

Este último também pode mudar a córnea, causando o astigmatismo, vermelhidão ou irritações frequentes.

Portanto, a recomendação é que você cuide diariamente dos seus olhos, faça exames regulares e evite que a sua visão seja comprometida.

Fonte:
Fabrício Paes

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